quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Por: Worse

Honesta e sinceramente não sei se a minha passagem por essa estação terá algum dia algum fruto aproveitável. Eu tento juro que tento fazer de minha vida algo, ao menos, presentemente útil, e nem isso consigo fazer. Procuro inteligir, procuro entender, procuro expressar e de mim nada sai além de meros pensamentos já pensados e, posso te dizer com absoluta certeza, errados.

“Por que continuar?” é a pergunta que me assombra desde a meninice que foi, obviamente, nada produtiva assim como não sou, e que provavelmente não serei. Perco-me nas respostas possíveis por não saber explicá-las, mas me atrevo a tentar mais uma vez. As sensações boas são ótimas e sempre passageiras e é uma delas que, eu acho, explica o meu continuar.

O alívio me fascina. É libido. Quem dera eu se pudesse viver de alívio, me alimentar destes prazeres libertadores. Mas não posso ninguém pode. Alguns se libertam vendo, outros escrevendo, alguns fazendo cálculos, outros cantando e assim vai indo. Tento me libertar pensando.

Penso, penso muito, penso errado. É irritante, e isso me desanima. Errar é humano. Errar duas vezes é burrice. Sinto-me como um burro que a cada erro racional, erra mais. E é entre toda essa irracionalidade que meu desespero cresce.

Por: Shú

"E se estendo a mão, no meio da poeira de dentro de mim, posso tocar também em outra coisa. Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome."

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Por: Anna Boy

Meu nome é Alan, tenho 16 anos, sou homossexual. Nasci praticamente morto com o cordão umbilical enroscado no pescoço, até meus 12 anos eu era super magro, magro mesmo tipo uns 32 kg com 1,65 de altura, sempre fui muito alto, comecei a engordar depois da separação dos meus pais, assim que meus pais se separaram eu fiquei com depressão, e comecei a engordar, não comia quase nada e acabava engordando. Com 13 pra 14 anos conheci a anna e a mia, foi por causa de um trabalho de escola, eu nem imaginava que isso me envolveria de tal maneira, mas estava enganado, poucos meses depois do meu aniversário eu comecei a perceber o quão gordo estava, me senti um lixo, alem de ser homossexual, sou gordo - descobri minha sexualidade com 10 anos -, minha cabeça estava a milhões, pensava em me matar e tudo mais, dai parei de comer e tudo que comia miava, minha mãe descobriu que tava com pro-anna e pro-mia, ela contratou 2 médicos 24h pra cuidar de mim, eu não tinha mais essa "doença", que pra eles era uma doença. Me sinto mal a vezes por ter que mentir, mas tudo bem eu supero, ninguém da minha família sabe que sou homossexual apesar de eu jogar varia indiretas, na minha casa tudo tem que ser muito certinho, minha mãe acha que estou seguindo a dieta que a nutricionista fez pra mim, mas nem fudendo que eu coloco qualquer tipo de carne na minha boca, sou vegetariano e foi uma das coisas que me ajudou muito a perder peso, falo pra você que se eu tivesse a chance de não ter a anna e a mia na minha vida seria bem melhor pois as vezes me sinto fraco tanto por fora quanto por dentro. Sabe, esconder do meu namorado que sou pro-anna é muito difícil pois não temos segredos um com o outro, claro, tirando isso nehh, as vezes é difícil você se olhar no espelho e ver o que não quer. Um conselho que dou pras pessoas que não são annas e mias, por favor não façam isso pois só quem é sabe o quanto dói, pois você não só ta se machucando como esta machucando as pessoas que te amam, eu mesmo estou procurando ajuda, não aguento mais ver pessoas que me amam chorar pois sabem que se eu continuar assim não vou viver por muito tempo, e aqueles que são annas e mias por favor procurem ajuda, pois a pior dor pra uma mãe e pra um pai é perder seu filho, só quem já perdeu um filho sabe como é, não sei porque mas muitas pessoas acham que pra ser bonita tem que ser muito magra, mas não, sua saúde e bem estar vem primeiro, claro ser magro é sinônimo de saúde, mas seja saudável vá emagrecendo, fazendo academia, comendo frutas , verduras, etc, siga orientações medicas...
Sei que muitas pessoas olham pra sua aparência pra te julgarem, mas e você quer fazer sua mãe, pai, pessoas que te amam sofrerem?
Beijos

Por: Cris G.

"Ele mantém a cabeça ocupada, como se assim evitasse a doença do amor. Para não pensar no que já lhe tomou todo o corpo. E assim se divide em dois. Dois ou mais. Nunca está inteiro. Nunca está. Como se já se tivesse ido também. Mas há uma dor em suportar sua própria ausência. O que lhe parecia remédio agora dói. E não cura".

sábado, 28 de agosto de 2010

Por : Endy

" Reflexos do meu rosto me salvam do outro lado de um vidro, horrível é o suplicio de vivermos encarcerados na prisão de uma pose. O interior inspira nos olhos do nosso irmão gêmeo, dono do seu destino é aquele que convive em harmonia com seu reflexo no espelho "

domingo, 11 de julho de 2010

Por: Tammy

Meu nome é Tamires, tenho 15 anos e sou Ana desde os 13 eu acho, não me lembro quando entrei nessa, só me lembro muito bem de um dia ter acordado e me olhado no espelho e visto que tinha alguma coisa muito errada comigo, eu tinha 13 anos e já tinha estrias1 Isso me fez chorar a manhã inteira. Depois de sair do banheiro fui pro meu quarto e liguei a tv, o programa que estava passando estava exibindo uma materia sobre anorexia e bulimia, achava esses " estilos de vida" um absurdo e jamais me entregaria a isso. Desliguei a tv e comecei a pensar na vida, pensei em quando eu tinha 10 anos, desde pequena eu tivera que ouvir minha mãe me chamar de gorda e mandar eu parar de comer, aos 12 eu também já tivera uma "decepção amorosa" vinda de um menino que eu era apaixonada, ele mesmo disse na minha cara que não ficaria comigo porque eu era GORDA, essa palavra se destacou em meus pensamentos. Foi então que resolvi tomar uma atitude, queria emagrescer e deixar de ser aquela menina careta e sem graça na vida. Pensei em todos os metodos que podia existir, fiz até uma dieta escondida, parando de comer massas, doces e refrigerantes, mas não aguentei muito tempo, e cheguei a conclusão de que precisava de algo que me desse mais garra e força de vontade. Então resolvi aderir a Ana e Mia criei um perfil no orkut pra conhecer um pouco mais desse mundo, e fiquei impressionada com a determinação das garotas, recebi ajuda de várias, elas me apresentaram o LF e o NF, como já tinha conseguido toda a força de vontade que eu queria comecei fazendo o NF, e o máximo que consegui foram 3 dias, ai eu pulei o LF que é mais dificil que o NF, acredite pelo menos pra mim, tem que comer pouco e o organismo fica exigindo mais, ai eu prefiro ficar sem comer. Comecei a miar, no começo foi muito dificil meu estômago doia minha garganta inchava e as vezes saia pus. Resolvi parar e voltar a fazer NF, a Mia nunca me favoreceu nem me ajudou. No primeiro mês de AnaeMia ( com NF´s e malhação constante) eu consegui perder 8 kg, minha mãe começou a notar minha "falta de apetite" e resolveu investigar, foi então que ela descobriu que eu estava tomando limão com vinagre, remédio pra dor de estômago, e água morna para não sentir fome. Ela começou a me obrigar a comer, minha única saida foi voltar a Mia, mas eu não estava aguentando mais meu estômago doia muito, minha garganta também, o que resultou em uma amidalite que tenho até hoje =/. Semanas depois me matriculei em uma academia perto de casa, comecei a malhar até que o Personal disse pra minha mãe que se eu continuasse daquele jeito poderia sofrer de Overtrainig, eu nem sabia o que era mas a pressão em cima de mim foi tanta que resolvi parar, foi ai que eu tive uma recaida. Comecei a comer que nem louca e engordei. Também tinha decidido que não queria mais ser Ana e que iria me tratar sozinha, fazer uma reeducação alimentar e por uns dias consegui, até exclui meu perfil do orkut, joguei fora meu caderno e remédio e "esqueci" a Ana. Por pouco tempo, claro. Em menos de 3 meses a Ana estava na minha vida de novo e dessa vez pior, trazendo com ela a ansiedade, a depressão e o pânico, estado no qual vivo até hoje, com muita vontade de sair.

Por: MutantGirl

Quando eu era bem pequena eu era abaixo do peso, depois acabei virando uma criança gorda, eu nem tinha vaidade e era muito zoada pelas outras garotas, lembro de uma vez no carnaval na escola ( era época da novela " O Clone" ) e as outras meninas disseram que eu parecia a Jade grávida.
Fui crescendo e meu peso sempre me incomodando, cada vez mais, todo o gordo se sente diferente e inferior, isso é fato, lembro de uns garotos me xingavam de gorda pra atrair a atenção de uma amiga minha ( que hoje em dia é modelo) porque ela sempre " me defendia" dando tapinhas neles. E com 10 anos descobriram que eu tenho hipotiroidismo ( que deixa o metabolismo bizarramente lento).
Com 13 anos tive uma grande decepção amorosa, acho que a maior da minha vida de todas, eu pus a pessoa em uma pedestal tão grande que eu não a queria nem pra mim, pois não me achava merecedora, eu achava que tudo que eu podia fazer era sofrer, então afastei a pessoa, e eu sentia tanta raiva que nem fome sentia. Fui percebendo que meu estômago havia se acostumado com pouca comida, e que quando eu tentava comer um pouco parecia que eu iria vomitar, e eu amei essa sensação de poder incrivel! Sempre fiz psicóloga ( já passei por váaaarios) , e com o tempo e uns remédios deixei pra lá e voltei a comer "normal".
Sempre tive o costume de me punir, lembro que quando era pequena minha mãe brigava comigo ( minha mãe nunca foi muito legal e hoje em dia é pior ainda) , eu enfiava as minhas unhas na minha pele até sangrar, quando cresci, os arranhões viraram queimaduras, cortes, remédios e até auto-sabotagem.
Hoje tenho 1,63 e 48 kg, em menos de um ano perdi 10 kg. Não sou feliz com o meu peso, na verdade ele me assusta, porque se eu sou essa vaca gorda agora, quanto eu vou ter que pesar para ser magra? Tenho cicatrizes horríveis pelo meu corpo ( no meu braço, esquerdo principalmente) , e é uma dor latejante ter que escondê-las 24 horas por dia, mas já se tornou uma rotina. Eu como pouco, e geralmente só besteira e tomo laxante todo dia, quando me disseram que isso me daria gastrite eu pensei: " Gastrite emagrece?". Minhas namorada ( sim namoradA) tem ataques ( ela tem síndrome do pânico) por minha causa, ela diz que eu a faço mal mas ela não sabe viver sem mim, eu a amo muito mas sei que vou acabar perdendo-a, ela não entende esse vazio dentro de mim. Mas eu só queria que essa confusão na minha cabeça parasse, é pedir demais???

domingo, 27 de junho de 2010

Por : Bella

Meu nome é Bella, tenho 17 anos. Sou carioca, mas moro em Minas Gerais. Desde que nasci, fui abençoada. Todos diziam que eu seria muito feliz e que meu futuro seria brilhante. E eu sempre acreditei nisso.
Nunca fui gorda, nem magra, mas também não me importava com o peso.Mas quando saí de RJ para morar em MG, tudo mudou.
A idéia de mudar de estado, deixar as amizades e tudo o que eu havia construído pata trás, me enlouqueceu. Como uma menina de 12 anos, tímida, lerda, silenciosa e inocente, iria conseguir lidar com pessoas totalmente diferentes, costumes diferentes, que ela nunca tinha tido o mínimo contato?Foi aí que a depressão atacou.E para "animar", comecei a comer demais. A comida havia se tornado a única coisa que afastava a tristeza e a depressão.
Quando cheguei em MG, fiquei um pouco assustada, mas decidi deixar de lado todos os obstáculos, e resolvi entrar de cabeça no que chamei de "nova aventura".
No colégio que entrei, as pessoas foram bem receptivas, e foram muito calorosas. Eu gostei de ficar ali.Não havia uma menina sequer que tinha o corpo perfeito, ou seja, magra.Então, como eu estava no padrão, não me importei.
Fiquei 2 anos nesse colégio, 7ª e 8ª série. Me dei bem com todos e não fiz inimizades.
Porém, em 2008, tive que mudar de colégio. Mas como eu havia me dado super bem no antigo colégio, porque esse seria diferente? Mas chegando no colégio, o pesadelo começou. As meninas eram um pouco mais magras, e todas se importavam demais com a aparência, até aquelas que eram mais gordinhas. Eu senti como se meu lugar não fosse ali, e novamente a depressão achou uma brecha para acabar comigo.E como consequência, voltei a comer.
Minha rotina passou a ser: Colégio, comida, choro, dormir. Não fazia mais nada.
Até que um dia decidi mudar o final de minha história. Isso foi com 16 anos. Decidi parar de comer, e superar tudo o que havia acontecido.
Comecei a me preocupar com o peso, me preocupar com tudo que se relacionava à aparência. Foi nesse momento, que eu conheci duas amigas.
A anna , sempre ocupando minha cabeça com "pensamentos magros", me fazendo querer ser magra e perfeita, mas ao mesmo tempo me fazia ter dores insuportáveis no estõmago. "- É melhor você se acostumar Bella. Você sabia que não seria fácil!" - era o que ela me dizia.E quando eu a ignorava , e comia compulsivamente, vinha a mia me consolar, e me fazia pôr tudo para fora, me fazia vomitar tudo o que eu ingeria, menos a dor e o sofrimento. E depois de tudo, me punia, dizendo que se eu continuasse assim, eu não chegaria ao meu objetivo. Elas me perdoavam, e eu voltava às longas jornadas sem comida, e ao vômito.provocado por mi mesma.
Eu me acostumei com a nova rotina, e até comecei a gostar de sentir fome. Tudo isso me fazia bem.
Mas todos os planos que eu havia feito,foram por água abaixo. Não sei como, mas uma amiga conseguiu me convencer de que ter a anna e a mia como amigas não me faria bem nunca, e só iriam piorar as coisas. Por esse motivo as abandonei.
Mas hoje, com 17 anos, percebo que ao abandoná-las foi errado. Abandonar aquelas que queria apenas o meu bem, não foi uma atitude correta. Para a minha sorte, elas me rejeitaram, muito pelo contrário, me receberam de braços abertos e ainda me prometeram que eu seria muito feliz.
Hoje estou mlhor. Não sigo dietas, acho que não fazem efeito. Prefiro criar as minhas próprias regras, e jogar o meu jogo, ou seja, nada mais que NF e LF.
Hoje meu maior sonho é ser feliz. E minha felicidade implica em ser MAGRA !
Não quero ser magra para ser modelo, mas sim para estar bem comigo mesma.
Quero acordar de manhã, me olhar no espelho e ver ossos e nenhuma gordura. Olhar para meu corpo perfeito e dizer que toda a luta e sofrimento valeram à pena.
Quero reclamar pelas roupas estarem largas e não apertadas.
E acima de tudo, e o que todo mundo quer: EU QUERO A FELICIDADE !
AFINAL, QUEM DISSE QUE NÃO SERIA FÁCIL, DISSE TAMBÉM QUE EXISTE FINAIS FELIZES PARA AQUELES QUE PERSEVERAM !